quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Introdução

Caros leitores, venho por meio deste post esclarecer a minha ligeira ausência neste tão singelo meio de notícias e reivindicações.

Como todos sabem, sou estudante do Curso de Letras da Universidade Federal do Ceará, e neste semestre estou cursando uma disciplina denominada "Leitura e Produção de Textos Acadêmicos", cuja riqueza em atividades está me deixando sem tempo para me coçar.

Bem, tal disciplina tem por objetivo, orientar os alunos na produção em seu primeiro artigo acadêmico na universidade.

Temos que escolher um tem a que nós gostemos, e baseado nele, aprofundar-nos em pesquisas parar poder fabricar tal artigo.

O tema que escolhi foi: Avaliação Educacional.

Desde o semestre passado[estou no terceiro, e essa disciplina é do segundo], quando estudei Didática I, fiquei fascinado pelos modelos pedagógicos e pelo método de avalição.
Eu, como profissional de Letras, futuro professor, desde já levanto a bandeira para mudanças na Avaliação Educacional.

Bem, estou trabalhando na produção de um artigo como disse, então aqui começa uma sequência das partes que o compõem até o artigo propriamente dito.

A primeira parte é a introdução:

1. Introdução

Vivemos em um tempo de grandes descobertas científicas, de avanços tecnológicos gigantescos, onde o homem se preocupa demais com seu futuro e o da sociedade. Mas, infelizmente, ele se esquece de um fator primordial para todas as civilizações, e que não vem recebendo o devido valor e nem as devidas mudanças a fim de melhorias, a “EDUCAÇÃO”.

Além da educação, para os grandes detentores de poder financeiro, que comandam os países, a inclusão social, a preservação do meio ambiente, os movimentos pela paz, nada disso possui tanta importância como seus projetos bilionários que não favorecem a niguém mais, a não ser, eles próprios.

A educação, e seu modelo de avaliação, são temas que vêm sendo discutidos por vários anos e que não vemos mudanças significativas. Nos dias atuais, se algo não está correspondendo como o esperado, mudanças são realizadas para que o padrão desejado seja atingido. Por que isso não ocorre com os modelos de avaliação?

Levando em consideração a sociedade em que vivemos, mergulhada no processo de globalização, o modelo didático que toma conta das escolas de hoje, lembra o modelo dos anos 60 e 80, o tecnicista, onde o enfoque teórico se destaca deixando para trás o enfoque humanista centrado no processo interpessoal.

Sabemos que nessa época, o mundo vivia uma crise econômica forte por conta da crise do petróleo de 1973, quando o preço do barril é triplicado. A era industrial e o mercado financeiro fazem-se presentes na escola e a didática é vista como uma estratégia objetiva e racional, onde o principal referencial do ensino é a fábrica e sobre ela se constroem as práticas educativas e os diversos conceitos sobre a educação.

Fazendo um paralelo com os dias de hoje, temos a similaridade entre os modelos educacionais. Como nas décadas de 60 e 80, hoje, os interesses da sociedade estão presentes na escola, e como conseqüência, nos modelos avaliativos, pois através deles, a instituição “separa” os alunos que estão preparados para enfrentar as exigências da globalização dos que não estão.

A avaliação tem objetivos que ultrapassam o raio de ação da escola. A educação escolar, em nossa opinião, deve possibilitar aos estudantes chances para a aquisição de conteúdos cognitivos, considerados essenciais pela sociedade e preparar os alunos para uma participação solidária e produtiva dentro dela.

Uma avaliação medida, calculada e numérica, é pouco retorno sobre a qualidade de ensino, pois ao se examinarem tais resultados, é preciso considerar que diferentes alunos têm experiências, motivações e planos de vida diferentes. Embora, concordemos que há níveis que todos devem atingir, independentes de suas escolhas pessoais.

O problema central da avaliação está em seu objetivo, em sua meta a ser cumprida. Temos que saber o que priorizar, ou a intervenção para melhoria, ou a classificatória para exclusão e evasão.

A sociedade e a escola apontam o erro como um resultado que mostra a incapacidade do aluno, e tenta corrigi-lo com a punição.

Devemos mudar a visão que se tem do erro. A bandeira a ser levantada por uma prática avaliativa que pretende superar a perspectiva vigente de exclusão e classificação é justamente a de saber que o erro de hoje é a alavanca para o sucesso mais a frente, pois dele temos que retirar os pontos mais significativos para o aperfeiçoamento para que tal equívoco não se cometa mais.

A importância dessa pesquisa se dá na expectativa de possíveis transformações no campo da avaliação, visando melhorias para termos a redução da exclusão social, da reprovação, e que tenhamos verdadeiros cidadãos com princípios dignos adquiridos na escola e aprimorados na sociedade.

Nenhum comentário: